quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Embedida

O vulgar trepida e profana
Faz-se quente e sufocado
Dentre o mundo puritano,

Têm-se as mãos pro entre os lábios
Promíscuos e vãs
Olho-te aguçada e sagaz,
Ardente.
Esperando o suspiro preso, proibido.

É tão fugaz e insano,
Que perfídias fazem-se flores,
E cobras amores
Com surdinas e selvagens volúpias

Porém, tem-se a mordida
Escorre a gota peçonhenta
Que te faz perder os ares
Envaidecer
E não mais esquecer
Ficando nas entranhas
Mas passando ao amanhecer.
D'casmu.

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